terça-feira, 22 de novembro de 2011

Usado Revisado: Classe A


O Classe A, também chamado por muitos de "popular da Mercedes", não é esse mico que se pensa dele. Compare: um A160 Classic 2002, tem motor 1.6 de 99 cavalos. E olha que já inclui direção hidráulica, ar-condicionado, freios ABS, controle de estabilidade e o BAS, um sistema eletrônico que ajuda nas frenagens de emergência acionando o freio com toda intensidade. Nada mau! Além, é claro, do prestígio da marca alemã.
Quer mais? O top de linha Classe A190 Elegance tem com motor de 125 cavalos. A versão Classic, mais simples, é maioria nas ruas. Já a Elegance traz de série rodas de liga leve aro 15, regulagem do volante e vidro elétrico nas quatro portas, além de console, painel, câmbio e volante revestidos de couro. Com sorte, você encontra versões com banco de couro e disqueteira.
O Classe A trás também versões com câmbio automático, há ainda o sistema com embreagem semi-automática, que permite ao motorista trocar as marchas normalmente, mas sem o pedal da embreagem. Se você encontrar um modelo com esse equipamento - opcional no Classic e no Elegance -, saiba que é um investimento de risco. Infelizmente, é comum encontrá-lo com problemas mecânicos, em virtude do mau uso.
Independentemente da versão, o Classe A é sinônimo de revenda rápida. Em muita autorizada Mercedes, o carro usado nem chega a ir para o pátio. Vai direto de um comprador para o outro. Há interessados que ligam e deixam seu pedido na lista de espera, tamanha é a procura pelo usado.
Outra vantagem é o baixo índice de roubo. Graças à parte eletrônica, o furto é quase impossível e a reutilização de peças em desmanches não é tarefa das mais fáceis. Por isso o seguro fica muito abaixo de carros de mesma categoria e idade.
Para reduzir o preço, a fábrica fez algumas unidades sem ar-condicionado. Com o mico nas mãos, o concessionário repassava para bingos e frotas de empresas. Nem pense em pegar um deles.
Quando o assunto é manutenção ou reparo, tocamos em seu calcanhar-de-aquiles. Defeitos simples ou troca de óleo ou filtros não são problema para oficinas não autorizadas. Mas consertos mais complicados, especialmente no motor, precisam ser feitos em concessionárias. As oficinas comuns em geral não conhecem a mecânica Mercedes e não dispõem de ferramentas e equipamentos que às vezes são específicos para esse modelo da marca.



* Reportagem adaptada de publicação na edição de setembro de 2003
da revista QUATRO RODAS.

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